quarta-feira, agosto 31, 2005
terça-feira, agosto 30, 2005
Esperança Desinspirada
Tudo é um mar de nada
E nada é o tudo que sou
Tenho a alma desinspirada,
Assim, mais um texto começou.
Sem nada para dizer ou sentir
Sem nada para contar ou falar
Apresento-me vazio em exprimir
Qualquer coisa que esteja a passar
Estou sem nenhuma inspiração
E a esperança de a vir a ter
Vai desvanecendo no meu coração
Para só na débil mente viver
Mas tudo parece correr bem
Há trinta dias que escrevo
E não tenho parado, também,
De ver as quatro folha do trevo
Quando acabo cada texto
E vejo que ainda tenho
Um próximo pretexto
Para redigir novo desenho
" Os meus desenhos são palavras, não sei traçar nem bonecos nem bonecas, por isso arrisco palavras, para ver se consigo, ao menos, criá-las na minha mente para que alguém possa ver meus rabiscos, tentando gfwqdf sei lá o quê que eu tento! Talvez volte amanhã "
E nada é o tudo que sou
Tenho a alma desinspirada,
Assim, mais um texto começou.
Sem nada para dizer ou sentir
Sem nada para contar ou falar
Apresento-me vazio em exprimir
Qualquer coisa que esteja a passar
Estou sem nenhuma inspiração
E a esperança de a vir a ter
Vai desvanecendo no meu coração
Para só na débil mente viver
Mas tudo parece correr bem
Há trinta dias que escrevo
E não tenho parado, também,
De ver as quatro folha do trevo
Quando acabo cada texto
E vejo que ainda tenho
Um próximo pretexto
Para redigir novo desenho
" Os meus desenhos são palavras, não sei traçar nem bonecos nem bonecas, por isso arrisco palavras, para ver se consigo, ao menos, criá-las na minha mente para que alguém possa ver meus rabiscos, tentando gfwqdf sei lá o quê que eu tento! Talvez volte amanhã "
segunda-feira, agosto 29, 2005
Atenuante
Estes textos funcionam
Como atenuantes
Das dores que resultam
De ideias d'antes
Quando julgava o futuro
Um território seguro
Para viver longe do agora
Mas enganei-me porém
E agora sei as razões
Que antes me enganaram bem
E de momento são sensações
Que baralham a escrita
Que tanto me irrita
E me faz querer ir embora
Não tenho mesmo jeito
Nem para falar, nem escrever
Penso merecerem respeito
Aqueles que textos sabem fazer
E por isso vou então parar
(Já que só estou a divagar)
Pelo menos por ora
" Depois logo se vê, um dia de cada vez para sempre. Uma vida por sua vez sem que queira viver mais que uma duma só vez. "
Como atenuantes
Das dores que resultam
De ideias d'antes
Quando julgava o futuro
Um território seguro
Para viver longe do agora
Mas enganei-me porém
E agora sei as razões
Que antes me enganaram bem
E de momento são sensações
Que baralham a escrita
Que tanto me irrita
E me faz querer ir embora
Não tenho mesmo jeito
Nem para falar, nem escrever
Penso merecerem respeito
Aqueles que textos sabem fazer
E por isso vou então parar
(Já que só estou a divagar)
Pelo menos por ora
" Depois logo se vê, um dia de cada vez para sempre. Uma vida por sua vez sem que queira viver mais que uma duma só vez. "
domingo, agosto 28, 2005
A Nova Postagem
Não me devo muito alargar
Porque sinto a inspiração
(Que antes não queria acabar)
A abandonar meu coração
E também minha mente
Vou ficando indiferente
Na alma talvez a encontre
Perdida num pensamento
Qualquer que me demonstre
Razão de seu desaparecimento
E na alma muito procuro
Mas está tudo tão escuro,
Tão calmo e taciturno
Que nem parece a minha.
Esse tal ser nocturno
Pensei que lá o tinha
Dentro dessa tal alma
Que me aguarda, calma
E os textos complicam-se
Tornam-se mais confusos
E as frases desinspiram-se
Textos sem nexo, tortos e obtusos
Mas só me sinto a escrever
E só em textos costumo viver
" A nova postagem está feita e nem me interessa saber o quê que raio me pus para aqui a dizer, enfartei de tudo isto que escrevo "
Porque sinto a inspiração
(Que antes não queria acabar)
A abandonar meu coração
E também minha mente
Vou ficando indiferente
Na alma talvez a encontre
Perdida num pensamento
Qualquer que me demonstre
Razão de seu desaparecimento
E na alma muito procuro
Mas está tudo tão escuro,
Tão calmo e taciturno
Que nem parece a minha.
Esse tal ser nocturno
Pensei que lá o tinha
Dentro dessa tal alma
Que me aguarda, calma
E os textos complicam-se
Tornam-se mais confusos
E as frases desinspiram-se
Textos sem nexo, tortos e obtusos
Mas só me sinto a escrever
E só em textos costumo viver
" A nova postagem está feita e nem me interessa saber o quê que raio me pus para aqui a dizer, enfartei de tudo isto que escrevo "
sábado, agosto 27, 2005
Hojje
Eu hoje já ouvi,
Eu hoje já escrevi,
Também já falei
E pensei, pensei e pensei.
Já larguei a dor
De nada saber
E confessei meu amor
Pelo alegre desconhecer
E escrevi, escrevi e sujei folhas brancas
Com palavras estúpidas e talvez francas,
Hmm, não sei...
Mas o que interessa é que desenhei
Letras naquelas poucas linhas
E todas as palavras que usei
Nunca saberei se são mesmo minhas,
Mas enfim, sinto-me impelido a escrevê-las,
Já que nunca consigo dizê-las.
Bom, e por agora chega,
Vou-me embora, estou cansado
Deste tédio que me aconchega
E me deixa conformado,
'Tou cansado, só isso, cansado
Eu hoje já escrevi,
Também já falei
E pensei, pensei e pensei.
Já larguei a dor
De nada saber
E confessei meu amor
Pelo alegre desconhecer
E escrevi, escrevi e sujei folhas brancas
Com palavras estúpidas e talvez francas,
Hmm, não sei...
Mas o que interessa é que desenhei
Letras naquelas poucas linhas
E todas as palavras que usei
Nunca saberei se são mesmo minhas,
Mas enfim, sinto-me impelido a escrevê-las,
Já que nunca consigo dizê-las.
Bom, e por agora chega,
Vou-me embora, estou cansado
Deste tédio que me aconchega
E me deixa conformado,
'Tou cansado, só isso, cansado
sexta-feira, agosto 26, 2005
Guerra
Variadas disputas
Espalham-se no terreno
Dos eternos recrutas
Que desejam o pleno
Sem nunca o conseguir
Mas sempre a discutir
Discutir por tudo e por nada
Com uma vontade disparatada
São tantas as batalhas
Aqui levadas a cabo
Que constroem muralhas
Ajudados pelo Diabo
Edificadas com sangue e dor
Com intolerância e sem valor
Dá-se tanta importância à guerra
Que o armistício cai por terra
Já não há paciência
Para aguardar a desculpa
Já só a beligerância
Pode mitigar a culpa
E julgam-se todos preparados
Para a guerra dos falhados
Quando o acordo nunca foi desejado
Por só interessar o confronto armado
Mas esqueçam se ganharem
Não há vitórias nem derrotas
Nas pelejas que travarem
Do céu cairão como bolotas
As palavras do senhor nosso Deus
Para libertar de sentimentos ateus
Todos aqueles que lutaram batalhas se razão
E se iludiram com glórias por via do canhão
" Nem a bala, nem a espada, libertam o coração da dor. O único caminho para o fim do cansaço de coração, é o perdão, só o perdão nos salva de sofrer a penosa sensação de vingança, aprendi isso mas não vivo assim "
Espalham-se no terreno
Dos eternos recrutas
Que desejam o pleno
Sem nunca o conseguir
Mas sempre a discutir
Discutir por tudo e por nada
Com uma vontade disparatada
São tantas as batalhas
Aqui levadas a cabo
Que constroem muralhas
Ajudados pelo Diabo
Edificadas com sangue e dor
Com intolerância e sem valor
Dá-se tanta importância à guerra
Que o armistício cai por terra
Já não há paciência
Para aguardar a desculpa
Já só a beligerância
Pode mitigar a culpa
E julgam-se todos preparados
Para a guerra dos falhados
Quando o acordo nunca foi desejado
Por só interessar o confronto armado
Mas esqueçam se ganharem
Não há vitórias nem derrotas
Nas pelejas que travarem
Do céu cairão como bolotas
As palavras do senhor nosso Deus
Para libertar de sentimentos ateus
Todos aqueles que lutaram batalhas se razão
E se iludiram com glórias por via do canhão
" Nem a bala, nem a espada, libertam o coração da dor. O único caminho para o fim do cansaço de coração, é o perdão, só o perdão nos salva de sofrer a penosa sensação de vingança, aprendi isso mas não vivo assim "
quinta-feira, agosto 25, 2005
« ttt »
Um deste dias
Vou-me desintegrar
E colaborar
Com as antipatias
Quando o fizer
Irei passar a ser
Aquilo que quiser
Quando me apetecer
O futuro é comprido
E o presente estende-se
Ao longo do passado cumprido
Ahh! Tudo junto desentende-se
Desentende-se a alma e a mente
E o corpo age tão indiferente!
Como complico tanto minha Vida?!
Desejo tanto amar e ser amado
Que prefiro até ser ignorado
Do que ter relação arrependida.
" Prefiro que passes por mim a sorrir, alheada de mim por entre todos os teus pensamentos, do que parares a meu sinal e seguires aborrecida por não ser quem tu esperavas. Passa porque eu só estou a olhar, passa, sou só antipático, nada mais. "
Vou-me desintegrar
E colaborar
Com as antipatias
Quando o fizer
Irei passar a ser
Aquilo que quiser
Quando me apetecer
O futuro é comprido
E o presente estende-se
Ao longo do passado cumprido
Ahh! Tudo junto desentende-se
Desentende-se a alma e a mente
E o corpo age tão indiferente!
Como complico tanto minha Vida?!
Desejo tanto amar e ser amado
Que prefiro até ser ignorado
Do que ter relação arrependida.
" Prefiro que passes por mim a sorrir, alheada de mim por entre todos os teus pensamentos, do que parares a meu sinal e seguires aborrecida por não ser quem tu esperavas. Passa porque eu só estou a olhar, passa, sou só antipático, nada mais. "
quarta-feira, agosto 24, 2005
Beco
O grito perpétuo
Recalcetado na mente
Em silêncio liberto-o
Sou um ser indiferente
Às relações afectivas
Com dificuldades activas
Deixo em mim esvair
O sangue da memória
Para me poder subtrair
Daquela mesma história
Que sempre me atraiçoa,
Temer que o amor doa.
Não consigo e guardo
Dentro da minha alma
Afecto sem resguardo
Derrotado pela calma
Que sofre o amor cá dentro
Porque de medo o esventro
Exaurido e já derrotado
O amor já nem quer sair
Fica então enclausurado
Pois receei vê-lo partir
E não mais o ver regressar,
Amo mas penso no magoar!
" Sento-me debaixo da moribunda sombra, que adormece ao longo de uma varanda, ao calhas. Encolho-me bem escondido, camuflado nas macilentas e encardidas paredes da rua e calo-me. Evito que olhem para mim, só quero mesmo que chegue a noite, a minha sombra infinita, e ninguém me veja, talvez de dia já nem sequer cá esteja. Amo as pálidas sombras das pessoas, porém assusto-me quando vejo a efígie real da sombra que amo "
Recalcetado na mente
Em silêncio liberto-o
Sou um ser indiferente
Às relações afectivas
Com dificuldades activas
Deixo em mim esvair
O sangue da memória
Para me poder subtrair
Daquela mesma história
Que sempre me atraiçoa,
Temer que o amor doa.
Não consigo e guardo
Dentro da minha alma
Afecto sem resguardo
Derrotado pela calma
Que sofre o amor cá dentro
Porque de medo o esventro
Exaurido e já derrotado
O amor já nem quer sair
Fica então enclausurado
Pois receei vê-lo partir
E não mais o ver regressar,
Amo mas penso no magoar!
" Sento-me debaixo da moribunda sombra, que adormece ao longo de uma varanda, ao calhas. Encolho-me bem escondido, camuflado nas macilentas e encardidas paredes da rua e calo-me. Evito que olhem para mim, só quero mesmo que chegue a noite, a minha sombra infinita, e ninguém me veja, talvez de dia já nem sequer cá esteja. Amo as pálidas sombras das pessoas, porém assusto-me quando vejo a efígie real da sombra que amo "
terça-feira, agosto 23, 2005
Stars
You know baby
Sky's full of stars
You know maybe
They're full of scars
Of people like us
Who look them like thus
Can you make an idea
The amount of lovers
Left along the sea
Trying to erase lowers
Of their complex relation?
Love needs no comprehension
But still here we are
All alone by the waves
Observing the same star
The one that amazes
Not only our hatred mind
But our heart, so blind
I love ya heart dear
But the mind, I hate
One second turns a year
When I look to my mate
I love beeing with your heart
But then your mind start...
" Your mind left your heart alone with me, please don't think anymore, Love isn't made of thoughts, it's made of lovers, people. Do you add oil in water? So don't add your mind to my love for you, for I already love only with my heart. LOve with your heart, not with your mind, that way love will never visit your soul "
( It still haven't visited mine )
Sky's full of stars
You know maybe
They're full of scars
Of people like us
Who look them like thus
Can you make an idea
The amount of lovers
Left along the sea
Trying to erase lowers
Of their complex relation?
Love needs no comprehension
But still here we are
All alone by the waves
Observing the same star
The one that amazes
Not only our hatred mind
But our heart, so blind
I love ya heart dear
But the mind, I hate
One second turns a year
When I look to my mate
I love beeing with your heart
But then your mind start...
" Your mind left your heart alone with me, please don't think anymore, Love isn't made of thoughts, it's made of lovers, people. Do you add oil in water? So don't add your mind to my love for you, for I already love only with my heart. LOve with your heart, not with your mind, that way love will never visit your soul "
( It still haven't visited mine )
segunda-feira, agosto 22, 2005
Raccial
Ser assim
Um ser racial
Não há normal
E tudo é fim
Uma face de uma cor
A mente doutra qualquer
O alma também difere
Mas o sangue tem igual sabor
Preto, branco ou encarnado
Amarelo, verde ou alto
E baixo, a vida é assalto
Colorido e Humanizado
Não são cores nem pensamentos
Que alteram o coração
Bate a todos sem excepção
E a todos confere sentimentos
Não nos deixemos enganar
Pelo cheiro que o queijo
Tem, antes até de o provar
O que a vida pede é desejo
E não desconfiança e mentira
Perante Deus somos uma tira
De vida da Natureza Terrestre
Se às árvores as chamamos
Assim a todas por igual
Porquê que procuramos
Nomes para cada humano actual
Esqueçam-se os nomes das raças
E lembrem-se todas as ameaças
Às crianças, aos animais E À POBREZA RUPESTRE
" Encostado a uma parede cinza, deixo meus olhos escorregarem numa página, suja, do jornal, ajeito as pernas, subo um pouco a visão e deparo-me com aquelas letras gordas. Gordas, sobrealimentadas de dor, de pânico, terror e tanto sofrimento que todas elas são negras e o fundo branco. Ler o jornal é folhear a morte, e ainda assim me falam de racismo?! Egoístas pensadores de merda! Olhem para as crianças, nelas vive o Futuro e nós ainda lhe ensinamos a velha lição do racismo?! "
Um ser racial
Não há normal
E tudo é fim
Uma face de uma cor
A mente doutra qualquer
O alma também difere
Mas o sangue tem igual sabor
Preto, branco ou encarnado
Amarelo, verde ou alto
E baixo, a vida é assalto
Colorido e Humanizado
Não são cores nem pensamentos
Que alteram o coração
Bate a todos sem excepção
E a todos confere sentimentos
Não nos deixemos enganar
Pelo cheiro que o queijo
Tem, antes até de o provar
O que a vida pede é desejo
E não desconfiança e mentira
Perante Deus somos uma tira
De vida da Natureza Terrestre
Se às árvores as chamamos
Assim a todas por igual
Porquê que procuramos
Nomes para cada humano actual
Esqueçam-se os nomes das raças
E lembrem-se todas as ameaças
Às crianças, aos animais E À POBREZA RUPESTRE
" Encostado a uma parede cinza, deixo meus olhos escorregarem numa página, suja, do jornal, ajeito as pernas, subo um pouco a visão e deparo-me com aquelas letras gordas. Gordas, sobrealimentadas de dor, de pânico, terror e tanto sofrimento que todas elas são negras e o fundo branco. Ler o jornal é folhear a morte, e ainda assim me falam de racismo?! Egoístas pensadores de merda! Olhem para as crianças, nelas vive o Futuro e nós ainda lhe ensinamos a velha lição do racismo?! "
domingo, agosto 21, 2005
Um Dia
Algures na escuridão
Encardida dos momentos
Vivia um coração
Atraiçoado por sentimentos
Encarcerado numa cadeia
Criada por sua ideia
Vagueava de lá para cá
De timidez em temor
E perdendo-se por lá,
Na prisão do dissabor
Sem nunca olhar para fora
Ou se levantar e ir embora
Vivia palidamente escondido
Em negras sombras ocultando-se
Edificadas quando inibido
Em silêncio e descuidando-se
Tinha até receio de bater
Tanto que nada queria ser
E esbatia-se nas grades
Que dos outros o separavam
Procurando as vontades
Onde eles encontravam
Razões para viver e amar,
Morreu sem nunca as achar.
"Era uma vez um coração, que tinha medo de amar, que tinha vontade de pensar e que não sabia o que era amar e nem sabia o que pensar. Era uma vez um doente de espírito que nem tinha coração para se curar e o tempo passou, e só um tal de Tempo lhe conseguiu sarar as feridas da alma. Porém as cicatrizes são infinitas, e estarão lá para me recordar do espírito e do coração"
Encardida dos momentos
Vivia um coração
Atraiçoado por sentimentos
Encarcerado numa cadeia
Criada por sua ideia
Vagueava de lá para cá
De timidez em temor
E perdendo-se por lá,
Na prisão do dissabor
Sem nunca olhar para fora
Ou se levantar e ir embora
Vivia palidamente escondido
Em negras sombras ocultando-se
Edificadas quando inibido
Em silêncio e descuidando-se
Tinha até receio de bater
Tanto que nada queria ser
E esbatia-se nas grades
Que dos outros o separavam
Procurando as vontades
Onde eles encontravam
Razões para viver e amar,
Morreu sem nunca as achar.
"Era uma vez um coração, que tinha medo de amar, que tinha vontade de pensar e que não sabia o que era amar e nem sabia o que pensar. Era uma vez um doente de espírito que nem tinha coração para se curar e o tempo passou, e só um tal de Tempo lhe conseguiu sarar as feridas da alma. Porém as cicatrizes são infinitas, e estarão lá para me recordar do espírito e do coração"
sábado, agosto 20, 2005
Nunca Real
O afecto é,
Uma loucura,
Uma doçura
E fim de chaminé
Pois é o vapor
Segregado p'lo Amor
Afecto é rijo,
Consistente
E Eloquente
E talvez esconderijo
De outros sentimentos
De liberdade isentos
Afecto é inconstante
Sem senhor ou dono
Um simples abono
Desta mente arrepiante
Que não reconheço
Quando amo o que conheço
Afecto é pensar
No Amor antes de o dar
Afecto não é ser
É antes tentar parecer
Afecto é reflectir
Na razão de progredir
Num afecto sem Amor
Com medo da possível dor
E afecto é Ben-Hur
Sem vingança duvido que dure
" A Vingança do afecto, é um dia poder ser Amor. Tanto o afecto deseja ser outro sentimento, porque enquanto somente é afecto, sofre por nunca conseguir fazer parte do seu Objecto de Vontade. E o meu afecto morre sempre sem vingança, pois não há liberdade em mim para que consiga amar "
Uma loucura,
Uma doçura
E fim de chaminé
Pois é o vapor
Segregado p'lo Amor
Afecto é rijo,
Consistente
E Eloquente
E talvez esconderijo
De outros sentimentos
De liberdade isentos
Afecto é inconstante
Sem senhor ou dono
Um simples abono
Desta mente arrepiante
Que não reconheço
Quando amo o que conheço
Afecto é pensar
No Amor antes de o dar
Afecto não é ser
É antes tentar parecer
Afecto é reflectir
Na razão de progredir
Num afecto sem Amor
Com medo da possível dor
E afecto é Ben-Hur
Sem vingança duvido que dure
" A Vingança do afecto, é um dia poder ser Amor. Tanto o afecto deseja ser outro sentimento, porque enquanto somente é afecto, sofre por nunca conseguir fazer parte do seu Objecto de Vontade. E o meu afecto morre sempre sem vingança, pois não há liberdade em mim para que consiga amar "
sexta-feira, agosto 19, 2005
Querem-me fazer perder
Querem-me derrotar
Querem-me iludir
E fazer sumir
Estão a esgotar
O tempo vosso
Pois eu posso
Posso o que quiser
E não vão impedir-me
Nem expelir-me
Pois sou o que puder
E Eu posso tudo
Em ingência vos saúdo
Eu sou mais que o mundo
Eu nem pertenço aqui
A vocês já venci
E vocês são o fundo
Do meu saco do lixo
E são do mais prolixo
Deixo-vos por agora
Com esse sorriso na face
Talvez ele vos passe
Quando vos mandar fora
Do mundo que destroem
Espezinhando os que o constroem
" Vou dar o Mundo, este mundo, a quem realmente o merece. Vou lutar e não vou descansar até que caia em correctas e honestas mãos. Quando terminar essa missão, vou então mostrar-vos para quê que, realmente, fui dado à Terra. Sou o Ingente que Salvará o mundo da destruição, e nem vou pedir nada em troca "
Querem-me iludir
E fazer sumir
Estão a esgotar
O tempo vosso
Pois eu posso
Posso o que quiser
E não vão impedir-me
Nem expelir-me
Pois sou o que puder
E Eu posso tudo
Em ingência vos saúdo
Eu sou mais que o mundo
Eu nem pertenço aqui
A vocês já venci
E vocês são o fundo
Do meu saco do lixo
E são do mais prolixo
Deixo-vos por agora
Com esse sorriso na face
Talvez ele vos passe
Quando vos mandar fora
Do mundo que destroem
Espezinhando os que o constroem
" Vou dar o Mundo, este mundo, a quem realmente o merece. Vou lutar e não vou descansar até que caia em correctas e honestas mãos. Quando terminar essa missão, vou então mostrar-vos para quê que, realmente, fui dado à Terra. Sou o Ingente que Salvará o mundo da destruição, e nem vou pedir nada em troca "
quinta-feira, agosto 18, 2005
Fraterno Lar
É hoje que decido partir
Vou sair e sem deixar rasto
Quero-me, desejo-me subtrair
Deste doce e amargo pasto
Onde minha mente brinca
Com a dor que lhe vinca
A existência.
Vou desaparecer sem nada
Daqui nada é minha vontade
Já não tenho casa amada
E quero respirar liberdade
Pois nunca a pude viver
E julgo, nunca irei ver
Sua envolvência
Como a fuga resfolega em mim!
Como sinto desfalecer a esperança!
Tanto que meu quebranto é o fim
Sensações antigas de criança
Abonam diariamente para ajudar
A este anelo de morte atenuar
Gradualmente
E agora só esta porta
Separa meu corpo da derradeira
Vou enjaular a alma morta
Para abandonar a casa carniceira
Talvez evitando suor e lágrimas,
Sangue ou outras lástimas
Morrer despercebidamente....
" À noite a morte acorda-me, apenas para me lembrar que no lugar do coração desenvolvi uma pedra, mas uma pedra viva que respira e que, talvez, também sinta. E então a morte precipita-se, vai acolhendo-me, aconchegando-me e eu quero-me deixar ir mas...
- Saulo, estás bem?
Obrigado mãe, por me manteres vivo "
Vou sair e sem deixar rasto
Quero-me, desejo-me subtrair
Deste doce e amargo pasto
Onde minha mente brinca
Com a dor que lhe vinca
A existência.
Vou desaparecer sem nada
Daqui nada é minha vontade
Já não tenho casa amada
E quero respirar liberdade
Pois nunca a pude viver
E julgo, nunca irei ver
Sua envolvência
Como a fuga resfolega em mim!
Como sinto desfalecer a esperança!
Tanto que meu quebranto é o fim
Sensações antigas de criança
Abonam diariamente para ajudar
A este anelo de morte atenuar
Gradualmente
E agora só esta porta
Separa meu corpo da derradeira
Vou enjaular a alma morta
Para abandonar a casa carniceira
Talvez evitando suor e lágrimas,
Sangue ou outras lástimas
Morrer despercebidamente....
" À noite a morte acorda-me, apenas para me lembrar que no lugar do coração desenvolvi uma pedra, mas uma pedra viva que respira e que, talvez, também sinta. E então a morte precipita-se, vai acolhendo-me, aconchegando-me e eu quero-me deixar ir mas...
- Saulo, estás bem?
Obrigado mãe, por me manteres vivo "
quarta-feira, agosto 17, 2005
Bebé
Ainda recordo as papas
Babetes e intermináveis birras
Não distinguia etapas
As saudades eram esbirras
Do comandante infantil
Da memória, então, pueril
O que me era dito
Prontamente era esquecido
Era um ser contrito
Por tudo o que tinha vivido
Enquanto criança, bebé
Nem tristeza tinha, até!
E os sorrisos acumulavam-se
Ao ritmo dos mimos fraternos
Os beijos e abraços asfixiavam-se
No calor dos que julgava eternos
Nos olhares da Mãe e do Pai.
Como em mim a saudade se esvai!
Tenho no sangue, ainda,
Todas as lágrimas que chorei
Quando aquela Vida finda,
Me Levou tudo o que desejei
Que era só rir e festejar
Sempre com aquela Vida a rodear.
Já sem suor ou qualquer
Lágrima, escrevo exaurido
Esta dor que por nada quer
Abandonar um corpo consumido
Por quebrantos e memórias
De um Bebé com poucas histórias
" ... Só preciso de uma História, as histórias morreram quando desejei apenas ser feliz. Mas cedo estas se precipitaram em mim, quando vi que a felicidade é uma História, feita de hstórias negras, também ... "
Babetes e intermináveis birras
Não distinguia etapas
As saudades eram esbirras
Do comandante infantil
Da memória, então, pueril
O que me era dito
Prontamente era esquecido
Era um ser contrito
Por tudo o que tinha vivido
Enquanto criança, bebé
Nem tristeza tinha, até!
E os sorrisos acumulavam-se
Ao ritmo dos mimos fraternos
Os beijos e abraços asfixiavam-se
No calor dos que julgava eternos
Nos olhares da Mãe e do Pai.
Como em mim a saudade se esvai!
Tenho no sangue, ainda,
Todas as lágrimas que chorei
Quando aquela Vida finda,
Me Levou tudo o que desejei
Que era só rir e festejar
Sempre com aquela Vida a rodear.
Já sem suor ou qualquer
Lágrima, escrevo exaurido
Esta dor que por nada quer
Abandonar um corpo consumido
Por quebrantos e memórias
De um Bebé com poucas histórias
" ... Só preciso de uma História, as histórias morreram quando desejei apenas ser feliz. Mas cedo estas se precipitaram em mim, quando vi que a felicidade é uma História, feita de hstórias negras, também ... "
terça-feira, agosto 16, 2005
Breu Regorgitante
Mau-estar
incondicionalismo
Ao respirar
Revivalismo
Doença
Impregnada
Em descrença
Pintada de nada
Náuseas constantes
E angústias palpáveis
Sentimentos arrepiantes
E pouco amáveis
Um Negro corredor
Intoxica a saudade
Com tiritante dor
Que vomito na realidade
Com suores e sangues
Meu coração asfixia
As veias exangues
Onde morro ao longo do dia
" Não me pediram palavras, dei livros. Não me pediram árvores, dei enormes florestas. Não me pediram pedrinhas, dei cordilheiras. Não me pediram poças, dei oceanos e nem me pediram dor, dei-me a mim "
incondicionalismo
Ao respirar
Revivalismo
Doença
Impregnada
Em descrença
Pintada de nada
Náuseas constantes
E angústias palpáveis
Sentimentos arrepiantes
E pouco amáveis
Um Negro corredor
Intoxica a saudade
Com tiritante dor
Que vomito na realidade
Com suores e sangues
Meu coração asfixia
As veias exangues
Onde morro ao longo do dia
" Não me pediram palavras, dei livros. Não me pediram árvores, dei enormes florestas. Não me pediram pedrinhas, dei cordilheiras. Não me pediram poças, dei oceanos e nem me pediram dor, dei-me a mim "
segunda-feira, agosto 15, 2005
Questions
When will you hunt me,
Dark Angel of my desired end?
When will I see
The anguish in which you stand?
Will you make me suffer?
Will you burn in my heart?
Will you let me die wonder
If I even had a start?
Oh solace angel, endless!
You who walk without borders,
D'you know a pure soul, painless,
Free of feelings and orders?
I won't kneel before you
And that you already knew,
But I would be thankfull
If you'd show me that one soul.
Death thou will come
Death I know you hurt
You're the pain of some
And the pleasure of the dirt!
"Death you will come to take me, but not quiet my Life"
Dark Angel of my desired end?
When will I see
The anguish in which you stand?
Will you make me suffer?
Will you burn in my heart?
Will you let me die wonder
If I even had a start?
Oh solace angel, endless!
You who walk without borders,
D'you know a pure soul, painless,
Free of feelings and orders?
I won't kneel before you
And that you already knew,
But I would be thankfull
If you'd show me that one soul.
Death thou will come
Death I know you hurt
You're the pain of some
And the pleasure of the dirt!
"Death you will come to take me, but not quiet my Life"
(A)amor
Paredes caiadas de encarnado
Chão pelejado e recalcetado
Nuvens negras pasmas de morte
E angústia num profundo corte.
Tecto calejado de escuras lutas
E janelas de cores dissolutas
Embaciam a altura da raiva
E na alma precipitam a saraiva
Fica a mente vazia por instantes
Até congelar e rebentar como dantes
Quando todos estes sentimentos
Se precipitavam em meus momentos
A fúria totalmente flagelante
Assume o controlo da distante
Alma que julgava já terminada
Porém recentemente fecundada
Já sei o que pensar nessa altura
Penso não temer revolta imatura
Agarro nas palavras de quem
Me inspira nesta Vida e Além
"Perdoa-lhes ó Pai, porque não sabem o que fazem"
(Jesus Cristo)
Chão pelejado e recalcetado
Nuvens negras pasmas de morte
E angústia num profundo corte.
Tecto calejado de escuras lutas
E janelas de cores dissolutas
Embaciam a altura da raiva
E na alma precipitam a saraiva
Fica a mente vazia por instantes
Até congelar e rebentar como dantes
Quando todos estes sentimentos
Se precipitavam em meus momentos
A fúria totalmente flagelante
Assume o controlo da distante
Alma que julgava já terminada
Porém recentemente fecundada
Já sei o que pensar nessa altura
Penso não temer revolta imatura
Agarro nas palavras de quem
Me inspira nesta Vida e Além
"Perdoa-lhes ó Pai, porque não sabem o que fazem"
(Jesus Cristo)
domingo, agosto 14, 2005
Tu até sabes como sou
Tu até sabes como sou
Sabes como penso
Que não sou intenso
E pouco de mim dou
Sabes como ajo
Que sou rápido a esquecer
E que amo todo o teu ser
E que só a ti reajo
Sabes como sou superficial
E que nunca de ser deixei
Que sou vazio e nunca me queixei
Espero que não leves a mal
Toda a minha construcção
E não levas, na verdade
Nem te interessa a humidade
Que se infiltrou em minha visão
Assim que te vejo
Assim que não te beijo
Assim que te desejo
Assim que não te revejo
"És a alma pálida que morre nos meus sentidos, uma qualquer fantasmagórica visão, feita para me atormentar e de mim se alimentar. Como espero o dia em que minh'alma se habitue à tua e não tenha mais medo de te falar e de amar!!!"
Sabes como penso
Que não sou intenso
E pouco de mim dou
Sabes como ajo
Que sou rápido a esquecer
E que amo todo o teu ser
E que só a ti reajo
Sabes como sou superficial
E que nunca de ser deixei
Que sou vazio e nunca me queixei
Espero que não leves a mal
Toda a minha construcção
E não levas, na verdade
Nem te interessa a humidade
Que se infiltrou em minha visão
Assim que te vejo
Assim que não te beijo
Assim que te desejo
Assim que não te revejo
"És a alma pálida que morre nos meus sentidos, uma qualquer fantasmagórica visão, feita para me atormentar e de mim se alimentar. Como espero o dia em que minh'alma se habitue à tua e não tenha mais medo de te falar e de amar!!!"
sábado, agosto 13, 2005
Olha por mim, sonho
A vontade é mal-dizente
E a atitude molestadora,
O desejo, erro ardente,
É doença constrangedora.
Quando penso cometo erros,
Quando não penso, aspiro
E vivo em tantos desterros
Com os anelos que suspiro.
Com a angústia eu convivo,
Lado a lado com a solidão
E já não vivo, sobrevivo,
Morrendo neste meu coração...
Aos poucos e esquecendo, já
Todos aqueles quebrantos
Que alimentei aqui e acolá,
Pálidos, dão lugar a prantos.
Desejei tanto!
Desesperei imenso!
Atirado a um canto,
Enxuvalhado e propenso
Ao fim ameaçado.
Oh sonho desgastado!
"Esperei por ti e nem vi que já tinhas passado por mim a correr"
E a atitude molestadora,
O desejo, erro ardente,
É doença constrangedora.
Quando penso cometo erros,
Quando não penso, aspiro
E vivo em tantos desterros
Com os anelos que suspiro.
Com a angústia eu convivo,
Lado a lado com a solidão
E já não vivo, sobrevivo,
Morrendo neste meu coração...
Aos poucos e esquecendo, já
Todos aqueles quebrantos
Que alimentei aqui e acolá,
Pálidos, dão lugar a prantos.
Desejei tanto!
Desesperei imenso!
Atirado a um canto,
Enxuvalhado e propenso
Ao fim ameaçado.
Oh sonho desgastado!
"Esperei por ti e nem vi que já tinhas passado por mim a correr"
sexta-feira, agosto 12, 2005
Fantasma Desaçombrado
Débil estrutura
E frágil condição,
Corpo em ruptura
E fraca apresentação,
Assim me defino.
A alma possuída
Por desejos físicos,
Paixão pretendida
Com suprimentos tísicos
E assim me elimino.
Assim me extingo
Da realidade
E nem distingo
O ideal da verdade
E a calma é um caixão
Onde meus receios
Relaxam eternamente,
Com fogo ateei-os
E não reagem como gente
E morrem sem reacção
Um corpo morto,
Talvez, apaixonado.
Um Fantasma absorto
E também olvidado,
Assim me defino...
E frágil condição,
Corpo em ruptura
E fraca apresentação,
Assim me defino.
A alma possuída
Por desejos físicos,
Paixão pretendida
Com suprimentos tísicos
E assim me elimino.
Assim me extingo
Da realidade
E nem distingo
O ideal da verdade
E a calma é um caixão
Onde meus receios
Relaxam eternamente,
Com fogo ateei-os
E não reagem como gente
E morrem sem reacção
Um corpo morto,
Talvez, apaixonado.
Um Fantasma absorto
E também olvidado,
Assim me defino...
quarta-feira, agosto 10, 2005
Obrigado, muito obrigado
Vagamente me relembro
Das canções que cantavas
No frio de Dezembro,
Canções que colocavas
Junto ao meu coração,
Que guardo agora na imaginação.
Vagamente te vejo
A embalar meu berço...
Eras meu único desejo,
Como os católicos têm o terço
Eu tinha-te a ti,
Mas agora perdi.
Vagamente tenho presente
Quando me limpavas
A papa que gastava de repente,
Com o babete que adoravas
Embrulhar em meu pescoço
E agora nem te ouço.
Podia pedir à memória
Que te apagasse
Mas a tua história,
Passe eu, onde passe,
Reluz-me na face e no peito,
Agora quero tudo a teu respeito.
Nunca nenhum Anjo maluco
(Como o que fica com vidas)
Levará sequer um pouco
Das emoções vividas
Ao teu lado, do teu lado,
Contigo e de te ter amado,
Serás o meu coração quando estiver a sofrer, os meus pulmões quando não sentir o ar, serás meus rins quando estiver cansado, minha voz quando ficar rouco, mas és o tudo que sei que sou e mais um pouco que sei que me deste. Deixa-me brincar com os pedaços de memória que me deste quando ainda te tinha aqui... Podes ficar aí porque sei que estás mais perto de mim do que alguma vez imaginei. Obrigado
Das canções que cantavas
No frio de Dezembro,
Canções que colocavas
Junto ao meu coração,
Que guardo agora na imaginação.
Vagamente te vejo
A embalar meu berço...
Eras meu único desejo,
Como os católicos têm o terço
Eu tinha-te a ti,
Mas agora perdi.
Vagamente tenho presente
Quando me limpavas
A papa que gastava de repente,
Com o babete que adoravas
Embrulhar em meu pescoço
E agora nem te ouço.
Podia pedir à memória
Que te apagasse
Mas a tua história,
Passe eu, onde passe,
Reluz-me na face e no peito,
Agora quero tudo a teu respeito.
Nunca nenhum Anjo maluco
(Como o que fica com vidas)
Levará sequer um pouco
Das emoções vividas
Ao teu lado, do teu lado,
Contigo e de te ter amado,
Serás o meu coração quando estiver a sofrer, os meus pulmões quando não sentir o ar, serás meus rins quando estiver cansado, minha voz quando ficar rouco, mas és o tudo que sei que sou e mais um pouco que sei que me deste. Deixa-me brincar com os pedaços de memória que me deste quando ainda te tinha aqui... Podes ficar aí porque sei que estás mais perto de mim do que alguma vez imaginei. Obrigado
terça-feira, agosto 09, 2005
A prova és tu quem a sabe....
"... Certo dia aproximou-se de mim e disse:
-Tu que crês em Deus, prova-me a Sua existência.
Respondi-lhe
- E tu, acreditas no amor?
- Sim, acredito....
- Então prova-mo.
- Tanto acredito, que sou casado e partilho cada momento de minha vida ao lado de quem gosta de mim...
- Certo, então és casado porque acreditas no amor, bem eu sou baptizado por acreditar em Deus. Também compartilhas os teus momentos difíceis e bons com tua mulher, eu com Deus. Se acreditas no amor e nunca te pediram para o provares, então não me peças que te mostre Deus....
Mas insistiu,
- Ok. Mas e se o teu Deus falasse, todos falamos Línguas diferentes, como O iríamos perceber?
- Deus falaria na Língua que todos falam e se entendem.
- Mas tem Ele mais que uma boca?!
- Não, tem uma apenas e é essa que fala o Amor por todos nós. Tenho a certeza que quando falar ninguém O deixará de compreender. ..."
-Tu que crês em Deus, prova-me a Sua existência.
Respondi-lhe
- E tu, acreditas no amor?
- Sim, acredito....
- Então prova-mo.
- Tanto acredito, que sou casado e partilho cada momento de minha vida ao lado de quem gosta de mim...
- Certo, então és casado porque acreditas no amor, bem eu sou baptizado por acreditar em Deus. Também compartilhas os teus momentos difíceis e bons com tua mulher, eu com Deus. Se acreditas no amor e nunca te pediram para o provares, então não me peças que te mostre Deus....
Mas insistiu,
- Ok. Mas e se o teu Deus falasse, todos falamos Línguas diferentes, como O iríamos perceber?
- Deus falaria na Língua que todos falam e se entendem.
- Mas tem Ele mais que uma boca?!
- Não, tem uma apenas e é essa que fala o Amor por todos nós. Tenho a certeza que quando falar ninguém O deixará de compreender. ..."
segunda-feira, agosto 08, 2005
Passageiro
Ainda há pouco desamarrou
O barco preso no cais,
Que a alegria afiançou
Para todos os locais.
Não sei se o viram partir
Mas eu ainda o estou a sentir.
Arranquei então a bordo
E de adquirir tal bilhete,
Simplesmente não recordo.
E não quero ir! Como deter-te?!
Sou teu passageiro agora
Oh barco da dor sem hora!
Ao passageiro da nau da dor
São atribuídos dois direitos,
Um eterno mar isolando-nos no ardor,
E a viagem a que somos sujeitos,
Em que não vamos ao mar,
Pois lá vivemos, vamos sim é voltar.
Assim que voltarmos, teremos
De seguir caminho novamente,
O mar da vida que vivemos
Deve ser enfrentado frequentemente,
Sabemos da loucura da viagem
Mas só com ondas os sentimentos reagem.
As ondas de tristeza
Que ceifavam mentes e corações,
Marés de aspereza
Que são saudáveis empurrões,
Para voltarmos a porto seguro,
Entregues à paz, de intelecto maduro.
Sou passageiro da dor
E a ela me entrego
Mas quando sinto à terra o sabor
Logo Logo enxergo
Que só dou valor ao porto que é a vida
Porque em alto mar pouco a senti conseguida.
O barco preso no cais,
Que a alegria afiançou
Para todos os locais.
Não sei se o viram partir
Mas eu ainda o estou a sentir.
Arranquei então a bordo
E de adquirir tal bilhete,
Simplesmente não recordo.
E não quero ir! Como deter-te?!
Sou teu passageiro agora
Oh barco da dor sem hora!
Ao passageiro da nau da dor
São atribuídos dois direitos,
Um eterno mar isolando-nos no ardor,
E a viagem a que somos sujeitos,
Em que não vamos ao mar,
Pois lá vivemos, vamos sim é voltar.
Assim que voltarmos, teremos
De seguir caminho novamente,
O mar da vida que vivemos
Deve ser enfrentado frequentemente,
Sabemos da loucura da viagem
Mas só com ondas os sentimentos reagem.
As ondas de tristeza
Que ceifavam mentes e corações,
Marés de aspereza
Que são saudáveis empurrões,
Para voltarmos a porto seguro,
Entregues à paz, de intelecto maduro.
Sou passageiro da dor
E a ela me entrego
Mas quando sinto à terra o sabor
Logo Logo enxergo
Que só dou valor ao porto que é a vida
Porque em alto mar pouco a senti conseguida.
domingo, agosto 07, 2005
Simples
Tudo aberto como na floresta
Animais, plantas e água
Livres de mágua
E dor manifesta
Só vida, só vida,
Nem medos, só vida...
Como o pairar da gaivota
Sobre o mar ou terra,
Planalto ou serra,
Aos sentidos devota,
Apenas a fome,
Só fome, vida...
Porquê que complico tanto o momento?
E me desenvolvo,
Me retiro e devolvo,
A um ser que lamento.
Tanto pensar
Tanta rima, só quero vida...
Não respiro complexidades nem rimas!
Simplesmente ar
Que enche o balão do sonhar,
Balão não me suprimas!
O sonho retira simplicidade
E eu que só queria vida...
Perdi-me num labirinto de textos,
Grito sem me ouvirem,
Crio caminhos sem pedirem,
Não sei, o poema arranja os pretextos
E Eu apenas os apresento,
Quero deitar fora o Labirinto
E fugir do que sinto
Numa mota de simplicidade,
Mas por mais que acelere
Nem sequer saio da cidade.
Mas o simples pede que a velocidade modere,
Não vou nem acelerar nem travar,
Deus sabe que vou apenas andar...
Obrigado Natureza, pela simplicidade de ti, do oxigénio e de tua água, também pelo sangue que me deste, desculpa se o complico.
Animais, plantas e água
Livres de mágua
E dor manifesta
Só vida, só vida,
Nem medos, só vida...
Como o pairar da gaivota
Sobre o mar ou terra,
Planalto ou serra,
Aos sentidos devota,
Apenas a fome,
Só fome, vida...
Porquê que complico tanto o momento?
E me desenvolvo,
Me retiro e devolvo,
A um ser que lamento.
Tanto pensar
Tanta rima, só quero vida...
Não respiro complexidades nem rimas!
Simplesmente ar
Que enche o balão do sonhar,
Balão não me suprimas!
O sonho retira simplicidade
E eu que só queria vida...
Perdi-me num labirinto de textos,
Grito sem me ouvirem,
Crio caminhos sem pedirem,
Não sei, o poema arranja os pretextos
E Eu apenas os apresento,
Quero deitar fora o Labirinto
E fugir do que sinto
Numa mota de simplicidade,
Mas por mais que acelere
Nem sequer saio da cidade.
Mas o simples pede que a velocidade modere,
Não vou nem acelerar nem travar,
Deus sabe que vou apenas andar...
Obrigado Natureza, pela simplicidade de ti, do oxigénio e de tua água, também pelo sangue que me deste, desculpa se o complico.
sábado, agosto 06, 2005
Reino nos espera...
Uma facada, uma mancha
De sangue espelhada na cara,
Que se desmancha
Numa agonia bárbara.
Uma doença reconfortante
E sinais de derradeira
Precipitam-se aqui adiante
Da minha alma carpideira,
Carpideira de frios
Que se proclamam em mim,
Como gelados rios
Que procuram ter fim.
Já é hora de tudo acabar
E nem sinto nenhum membro.
A cabeça dormente e a resvalar,
Ahh! Um túnel, minha infância relembro
Minha mãe está em pranto,
O meu brinquedo na sala perdido,
Estou na escola a estudar num canto
E ahhh! Estou em sangue esvaído.
As sensações tinham regressado
Apenas para a revelação
De que estou a ser abraçado
E o resto não é uma sensação...
É mesmo verdade!
Estou à vontade!
Não sinto a necessidade do tudo,
Esta simplicidade deixa-me mudo.
A morte não foi o fim,
Foi o começo de mim.
De sangue espelhada na cara,
Que se desmancha
Numa agonia bárbara.
Uma doença reconfortante
E sinais de derradeira
Precipitam-se aqui adiante
Da minha alma carpideira,
Carpideira de frios
Que se proclamam em mim,
Como gelados rios
Que procuram ter fim.
Já é hora de tudo acabar
E nem sinto nenhum membro.
A cabeça dormente e a resvalar,
Ahh! Um túnel, minha infância relembro
Minha mãe está em pranto,
O meu brinquedo na sala perdido,
Estou na escola a estudar num canto
E ahhh! Estou em sangue esvaído.
As sensações tinham regressado
Apenas para a revelação
De que estou a ser abraçado
E o resto não é uma sensação...
É mesmo verdade!
Estou à vontade!
Não sinto a necessidade do tudo,
Esta simplicidade deixa-me mudo.
A morte não foi o fim,
Foi o começo de mim.
sexta-feira, agosto 05, 2005
Calor infernal
Escorre água de minha face
Não me apetece pensar
Nem há vontade que ameace
Nem aperecer nem começar
Estou cansado nem sei de quê
Tenho estacas na cabeça
Asfixiando o que esta vê
Desmoronando-a peça a peça
Tenho um aperto no coração
Dilatado pelo calor cá fora
Que me rouba exactidão
Que cai e vai-se embora
Pobre coitado, nem coração nem mente
Estarei desgraçado, pelo que o corpo sente?
Uma chicotada com força
Interrompe meus calores
Sem que me torça
Pensamentos de terrores
Ah caótico!
Perigo afastai-vos
Sou um antibiótico
E que gritos laivos!
AHHHHHHHHHH
Não me apetece pensar
Nem há vontade que ameace
Nem aperecer nem começar
Estou cansado nem sei de quê
Tenho estacas na cabeça
Asfixiando o que esta vê
Desmoronando-a peça a peça
Tenho um aperto no coração
Dilatado pelo calor cá fora
Que me rouba exactidão
Que cai e vai-se embora
Pobre coitado, nem coração nem mente
Estarei desgraçado, pelo que o corpo sente?
Uma chicotada com força
Interrompe meus calores
Sem que me torça
Pensamentos de terrores
Ah caótico!
Perigo afastai-vos
Sou um antibiótico
E que gritos laivos!
AHHHHHHHHHH
quinta-feira, agosto 04, 2005
Dor Secreta
No recanto mais escuro
Desta minha alma
Guardo com pouca calma
Sentimentos que procuro
Desenjaular no dia-a-dia
Mas que morrem em agonia
Dentro de mim
Parece que uma grilheta
Os aperta e sufoca
E em transe me coloca
E é sempre a mesma treta
As palavras não encontro
E sentimentos não demonstro
Todos até ao fim
Sou um anoréctico de mente
E um bulímico de coração
Se tenho a sensação
Não a expresso de repente,
Tenho que pensá-la
Acabo por não libertá-la
Morre sem respirar
Sem nunca ter visto
A luz do dia e sem oxigénio
Mas demorou a morrer um milénio
Porque eu tanto insisto
Em soltar o que sinto
Arquivando-a na dor que a minto
Sem ninguém desconfiar.
Desta minha alma
Guardo com pouca calma
Sentimentos que procuro
Desenjaular no dia-a-dia
Mas que morrem em agonia
Dentro de mim
Parece que uma grilheta
Os aperta e sufoca
E em transe me coloca
E é sempre a mesma treta
As palavras não encontro
E sentimentos não demonstro
Todos até ao fim
Sou um anoréctico de mente
E um bulímico de coração
Se tenho a sensação
Não a expresso de repente,
Tenho que pensá-la
Acabo por não libertá-la
Morre sem respirar
Sem nunca ter visto
A luz do dia e sem oxigénio
Mas demorou a morrer um milénio
Porque eu tanto insisto
Em soltar o que sinto
Arquivando-a na dor que a minto
Sem ninguém desconfiar.
quarta-feira, agosto 03, 2005
A Barca da Riqueza
Na doca via-se a proa
Encoberta de nuvens
Via-se a nau boa.
- De onde vens?!
Dizia em sua prol
O homem do farol.
Nau enorme aproximava-se
Mas também no nevoeiro
Tal resposta esfumava-se
- Comandante traiçoeiro!
Elucida as minhas dúvidas.
Mas palavras não eram ouvidas.
Então murmúrios se ouviram
E o vigilante replicou:
-A minha luz não sei se viram
Mas vosso silêncio me assustou,
Pff! Quem sois vós, afinal?!
Digam! escuto-vos mal...
O ingente barco prosseguiu
Rasgando as ondas do mar
E o homem só conseguiu
Ouvir gemidos e alguém a gritar:
- Libertem-me da barca
Queima-me sem deixar marca!
E de repente, masmo na frente
Do aterrado faroleiro
Tal navegação mostra sua gente
e um nauseabundo cheiro.
Toda revestida de fumo negro e langue
e enormes colunas pintadas a sangue.
As velas revestiam-se de dor
E o casco de vermelho de inferno
Que mostrava todo o terror
De carnificinas e fogo eterno
-Trago comigo os que morreram
Na senda da glória, mas perderam
Ma.. mas quem sois Vós?
- Eu sou o barco que leva o céu
Guardado na minha voz,
Mas levo clamor a quem perde o véu
Que vestiu só por dinheiro
Descurando o Mundo inteiro.
Vim a terra descarregar
Este que vês a gritar perdão.
Minhas chamas não o vão queimar
Pois era pobre antes do cifrão,
Desgastou-se em vida de vícios
Mas teve antes bons principios
Teve que saldar a dívida
Por ter olvidado a moral
Que lhe fora dada pela vida
Agora e já sem mal
Vou devolvê-lo à praia
Talvez nova chance o atraia...
- Ele está já morto?
Vais-lhe oferecer ressurreição?
- Vou só entregá-lo ao porto
De onde saíu para a tentação,
Se voltar a cometê-la
Sua morte, irei tê-la!
Adeus bravo faroleiro
Nunca te esqueças que vida é tua
Mas a morte é do coveiro...
A Vida é um curto período que actua
Mas a derradeira é infinita
Já viste uma hipótese, não queres que repita...
O faroleiro compreendeu
O que lhe estava a ser dito,
O resto dos tempos viveu
Evitando sempre conflito
Entre a glória e a ganância
E entre o desejo e a ânsia.
Encoberta de nuvens
Via-se a nau boa.
- De onde vens?!
Dizia em sua prol
O homem do farol.
Nau enorme aproximava-se
Mas também no nevoeiro
Tal resposta esfumava-se
- Comandante traiçoeiro!
Elucida as minhas dúvidas.
Mas palavras não eram ouvidas.
Então murmúrios se ouviram
E o vigilante replicou:
-A minha luz não sei se viram
Mas vosso silêncio me assustou,
Pff! Quem sois vós, afinal?!
Digam! escuto-vos mal...
O ingente barco prosseguiu
Rasgando as ondas do mar
E o homem só conseguiu
Ouvir gemidos e alguém a gritar:
- Libertem-me da barca
Queima-me sem deixar marca!
E de repente, masmo na frente
Do aterrado faroleiro
Tal navegação mostra sua gente
e um nauseabundo cheiro.
Toda revestida de fumo negro e langue
e enormes colunas pintadas a sangue.
As velas revestiam-se de dor
E o casco de vermelho de inferno
Que mostrava todo o terror
De carnificinas e fogo eterno
-Trago comigo os que morreram
Na senda da glória, mas perderam
Ma.. mas quem sois Vós?
- Eu sou o barco que leva o céu
Guardado na minha voz,
Mas levo clamor a quem perde o véu
Que vestiu só por dinheiro
Descurando o Mundo inteiro.
Vim a terra descarregar
Este que vês a gritar perdão.
Minhas chamas não o vão queimar
Pois era pobre antes do cifrão,
Desgastou-se em vida de vícios
Mas teve antes bons principios
Teve que saldar a dívida
Por ter olvidado a moral
Que lhe fora dada pela vida
Agora e já sem mal
Vou devolvê-lo à praia
Talvez nova chance o atraia...
- Ele está já morto?
Vais-lhe oferecer ressurreição?
- Vou só entregá-lo ao porto
De onde saíu para a tentação,
Se voltar a cometê-la
Sua morte, irei tê-la!
Adeus bravo faroleiro
Nunca te esqueças que vida é tua
Mas a morte é do coveiro...
A Vida é um curto período que actua
Mas a derradeira é infinita
Já viste uma hipótese, não queres que repita...
O faroleiro compreendeu
O que lhe estava a ser dito,
O resto dos tempos viveu
Evitando sempre conflito
Entre a glória e a ganância
E entre o desejo e a ânsia.
terça-feira, agosto 02, 2005
Multidão
Uma multidão
Que se via lá ao longe
Em comunhão
Como o hábito e o monge
Eram milhares
Tanto que se atropelavam
Tão familiares
Mas nem se falavam
Passos acelerados
E o olhar caía tão depressa.
Sentidos desligados
E fustigados pela pressa
Trabalhavam lá
Desde o tempo dos répteis gigantes
Mas escondendo um olá
Como quem esconde diamantes
Não se mostravam
Com medo que as multidões
Que ali passavam
Amotinassem futuras relações
É assim que somos
Um curso de água
Com a corrente empurrando
E daquilo que fomos
Só nos resta a mágua
Daquelas margens, lembrando
O que perdemos
Se tivessemos parado
Para as podermos
Ter observado.
"Às vezes observo os rios e lembro-me de mim, de ti, de nós, todos nós. O rio é a nossa vida, que desde a nascente até à foz, passa pelo seu curso sem parar e sem poder voltar atrás. Toca nas margens mas não as sente e nós tocamos tantas vezes na felicidade e também não a sentimos. Às vezes olho para os rios e eles reflectem-me, mostrando-me neles, dizendo-me que não sou diferente deles"
Que se via lá ao longe
Em comunhão
Como o hábito e o monge
Eram milhares
Tanto que se atropelavam
Tão familiares
Mas nem se falavam
Passos acelerados
E o olhar caía tão depressa.
Sentidos desligados
E fustigados pela pressa
Trabalhavam lá
Desde o tempo dos répteis gigantes
Mas escondendo um olá
Como quem esconde diamantes
Não se mostravam
Com medo que as multidões
Que ali passavam
Amotinassem futuras relações
É assim que somos
Um curso de água
Com a corrente empurrando
E daquilo que fomos
Só nos resta a mágua
Daquelas margens, lembrando
O que perdemos
Se tivessemos parado
Para as podermos
Ter observado.
"Às vezes observo os rios e lembro-me de mim, de ti, de nós, todos nós. O rio é a nossa vida, que desde a nascente até à foz, passa pelo seu curso sem parar e sem poder voltar atrás. Toca nas margens mas não as sente e nós tocamos tantas vezes na felicidade e também não a sentimos. Às vezes olho para os rios e eles reflectem-me, mostrando-me neles, dizendo-me que não sou diferente deles"
segunda-feira, agosto 01, 2005
Rascunho
Rascunhos são mais de mil
Desenhos sujos num papel
Que escolhi sem ardil
Onde largo este doce fel
De meus sentimentos
Por vezes com lamentos...
São rascunhos de vida
Que me apetece soltar
Numa qualquer Avenida
De onde estou a "rascunhar"
Às vezes desejos e obrigações
Outras, meras afirmações..
Muito do que vivo
São apenas frases
feitas para o arquivo
De rascunhos de certas fases
Da minha disposição
Ou da vontade de razão.
É verdade, não sou muito
Mais que tudo isto
Que escrevo
Desenhos sujos num papel
Que escolhi sem ardil
Onde largo este doce fel
De meus sentimentos
Por vezes com lamentos...
São rascunhos de vida
Que me apetece soltar
Numa qualquer Avenida
De onde estou a "rascunhar"
Às vezes desejos e obrigações
Outras, meras afirmações..
Muito do que vivo
São apenas frases
feitas para o arquivo
De rascunhos de certas fases
Da minha disposição
Ou da vontade de razão.
É verdade, não sou muito
Mais que tudo isto
Que escrevo
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