quinta-feira, agosto 18, 2005

Fraterno Lar

É hoje que decido partir
Vou sair e sem deixar rasto
Quero-me, desejo-me subtrair
Deste doce e amargo pasto
Onde minha mente brinca
Com a dor que lhe vinca
A existência.

Vou desaparecer sem nada
Daqui nada é minha vontade
Já não tenho casa amada
E quero respirar liberdade
Pois nunca a pude viver
E julgo, nunca irei ver
Sua envolvência

Como a fuga resfolega em mim!
Como sinto desfalecer a esperança!
Tanto que meu quebranto é o fim
Sensações antigas de criança
Abonam diariamente para ajudar
A este anelo de morte atenuar
Gradualmente

E agora só esta porta
Separa meu corpo da derradeira
Vou enjaular a alma morta
Para abandonar a casa carniceira
Talvez evitando suor e lágrimas,
Sangue ou outras lástimas
Morrer despercebidamente....

" À noite a morte acorda-me, apenas para me lembrar que no lugar do coração desenvolvi uma pedra, mas uma pedra viva que respira e que, talvez, também sinta. E então a morte precipita-se, vai acolhendo-me, aconchegando-me e eu quero-me deixar ir mas...
- Saulo, estás bem?
Obrigado mãe, por me manteres vivo "

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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3:36 da tarde  

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