quarta-feira, agosto 10, 2005

Obrigado, muito obrigado

Vagamente me relembro
Das canções que cantavas
No frio de Dezembro,
Canções que colocavas
Junto ao meu coração,
Que guardo agora na imaginação.

Vagamente te vejo
A embalar meu berço...
Eras meu único desejo,
Como os católicos têm o terço
Eu tinha-te a ti,
Mas agora perdi.

Vagamente tenho presente
Quando me limpavas
A papa que gastava de repente,
Com o babete que adoravas
Embrulhar em meu pescoço
E agora nem te ouço.

Podia pedir à memória
Que te apagasse
Mas a tua história,
Passe eu, onde passe,
Reluz-me na face e no peito,
Agora quero tudo a teu respeito.

Nunca nenhum Anjo maluco
(Como o que fica com vidas)
Levará sequer um pouco
Das emoções vividas
Ao teu lado, do teu lado,
Contigo e de te ter amado,

Serás o meu coração quando estiver a sofrer, os meus pulmões quando não sentir o ar, serás meus rins quando estiver cansado, minha voz quando ficar rouco, mas és o tudo que sei que sou e mais um pouco que sei que me deste. Deixa-me brincar com os pedaços de memória que me deste quando ainda te tinha aqui... Podes ficar aí porque sei que estás mais perto de mim do que alguma vez imaginei. Obrigado
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