sábado, julho 30, 2005

Abono de Mente

Ao largo da minha tristeza
Abandono os ímpares soluços
De minh'alma de incerteza,
Fraca de viver e de impulsos,

Deixo ao relento a ventania,
Natural à minha condição,
Que sopra e sem acalmia
Me impele contra a deserção.

E a desolação vive a minha vida
Sentada no pensar, aquecendo lugar
A talvez uma paz conseguida
Que passo toda a tempestade a desejar

E o sopro forte dos tufões
Imaginários do dissabor,
Expulsa-me da mente as ilusões
De amar sem nunca ter temor,

Temor que é fruto do amor, são simbióticos.

No teu reinado, Oh Vento!
Leva-me tudo e se puderes a mim,
Por favor devolve-me meu advento
E se puderes fica-me com o fim.

Peço que Ouças as vozes que gritam na lama da memória e leva-as contigo também, Oh Vento!
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