Deixei de pintar
Deixei de colorir
A tela que tanto presava,
Iludi-me a sentir
Que dela precisava
Para sentir o viver,
Para viver o prazer.
Abandonei os vasos
Largando-os ainda em branco,
Fugi de seus braços,
Desgostoso e pouco franco
Para comigo próprio,
Farto e nada sóbrio.
Deixei-me embriagar
Pela sede de sentimentos
E vontade de momentos.
O que estou a pintar?
Fui-me embora de mim,
Ou apenas daquilo que é de mim?
Abandonei-me em tantas ocasiões!
Colorindo telas que não eram minhas,
Engendrando personificações,
Quando no fundo estas linhas
Do jardim que antes queria colorir,
Nunca sequer me deixaram partir.
A tela e os desenhos são meus,
As côres e os instrumentos
Foram-nos dados por Deus,
E se desenhar lamentos,
Lamentar-me-ei.
Para quê borrar a pintura
Quando a felicidade também dura,
Ela existe, e eu sei.
A tela que tanto presava,
Iludi-me a sentir
Que dela precisava
Para sentir o viver,
Para viver o prazer.
Abandonei os vasos
Largando-os ainda em branco,
Fugi de seus braços,
Desgostoso e pouco franco
Para comigo próprio,
Farto e nada sóbrio.
Deixei-me embriagar
Pela sede de sentimentos
E vontade de momentos.
O que estou a pintar?
Fui-me embora de mim,
Ou apenas daquilo que é de mim?
Abandonei-me em tantas ocasiões!
Colorindo telas que não eram minhas,
Engendrando personificações,
Quando no fundo estas linhas
Do jardim que antes queria colorir,
Nunca sequer me deixaram partir.
A tela e os desenhos são meus,
As côres e os instrumentos
Foram-nos dados por Deus,
E se desenhar lamentos,
Lamentar-me-ei.
Para quê borrar a pintura
Quando a felicidade também dura,
Ela existe, e eu sei.
1 Comments:
Wonderful and informative web site. I used information from that site its great. » »
Enviar um comentário
<< Home