terça-feira, agosto 02, 2005

Multidão

Uma multidão
Que se via lá ao longe
Em comunhão
Como o hábito e o monge

Eram milhares
Tanto que se atropelavam
Tão familiares
Mas nem se falavam

Passos acelerados
E o olhar caía tão depressa.
Sentidos desligados
E fustigados pela pressa

Trabalhavam lá
Desde o tempo dos répteis gigantes
Mas escondendo um olá
Como quem esconde diamantes
Não se mostravam
Com medo que as multidões
Que ali passavam
Amotinassem futuras relações

É assim que somos
Um curso de água
Com a corrente empurrando
E daquilo que fomos
Só nos resta a mágua
Daquelas margens, lembrando
O que perdemos
Se tivessemos parado
Para as podermos
Ter observado.

"Às vezes observo os rios e lembro-me de mim, de ti, de nós, todos nós. O rio é a nossa vida, que desde a nascente até à foz, passa pelo seu curso sem parar e sem poder voltar atrás. Toca nas margens mas não as sente e nós tocamos tantas vezes na felicidade e também não a sentimos. Às vezes olho para os rios e eles reflectem-me, mostrando-me neles, dizendo-me que não sou diferente deles"

2 Comments:

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1:43 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

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