quinta-feira, agosto 04, 2005

Dor Secreta

No recanto mais escuro
Desta minha alma
Guardo com pouca calma
Sentimentos que procuro
Desenjaular no dia-a-dia
Mas que morrem em agonia
Dentro de mim

Parece que uma grilheta
Os aperta e sufoca
E em transe me coloca
E é sempre a mesma treta
As palavras não encontro
E sentimentos não demonstro
Todos até ao fim

Sou um anoréctico de mente
E um bulímico de coração
Se tenho a sensação
Não a expresso de repente,
Tenho que pensá-la
Acabo por não libertá-la
Morre sem respirar

Sem nunca ter visto
A luz do dia e sem oxigénio
Mas demorou a morrer um milénio
Porque eu tanto insisto
Em soltar o que sinto
Arquivando-a na dor que a minto
Sem ninguém desconfiar.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

That's a great story. Waiting for more. »

12:34 da manhã  

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