sexta-feira, agosto 12, 2005

Fantasma Desaçombrado

Débil estrutura
E frágil condição,
Corpo em ruptura
E fraca apresentação,
Assim me defino.

A alma possuída
Por desejos físicos,
Paixão pretendida
Com suprimentos tísicos
E assim me elimino.

Assim me extingo
Da realidade
E nem distingo
O ideal da verdade
E a calma é um caixão

Onde meus receios
Relaxam eternamente,
Com fogo ateei-os
E não reagem como gente
E morrem sem reacção

Um corpo morto,
Talvez, apaixonado.
Um Fantasma absorto
E também olvidado,
Assim me defino...
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