quarta-feira, agosto 17, 2005

Bebé

Ainda recordo as papas
Babetes e intermináveis birras
Não distinguia etapas
As saudades eram esbirras
Do comandante infantil
Da memória, então, pueril

O que me era dito
Prontamente era esquecido
Era um ser contrito
Por tudo o que tinha vivido
Enquanto criança, bebé
Nem tristeza tinha, até!

E os sorrisos acumulavam-se
Ao ritmo dos mimos fraternos
Os beijos e abraços asfixiavam-se
No calor dos que julgava eternos
Nos olhares da Mãe e do Pai.
Como em mim a saudade se esvai!

Tenho no sangue, ainda,
Todas as lágrimas que chorei
Quando aquela Vida finda,
Me Levou tudo o que desejei
Que era só rir e festejar
Sempre com aquela Vida a rodear.

Já sem suor ou qualquer
Lágrima, escrevo exaurido
Esta dor que por nada quer
Abandonar um corpo consumido
Por quebrantos e memórias
De um Bebé com poucas histórias

" ... Só preciso de uma História, as histórias morreram quando desejei apenas ser feliz. Mas cedo estas se precipitaram em mim, quando vi que a felicidade é uma História, feita de hstórias negras, também ... "
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