domingo, agosto 21, 2005

Um Dia

Algures na escuridão
Encardida dos momentos
Vivia um coração
Atraiçoado por sentimentos
Encarcerado numa cadeia
Criada por sua ideia

Vagueava de lá para cá
De timidez em temor
E perdendo-se por lá,
Na prisão do dissabor
Sem nunca olhar para fora
Ou se levantar e ir embora

Vivia palidamente escondido
Em negras sombras ocultando-se
Edificadas quando inibido
Em silêncio e descuidando-se
Tinha até receio de bater
Tanto que nada queria ser

E esbatia-se nas grades
Que dos outros o separavam
Procurando as vontades
Onde eles encontravam
Razões para viver e amar,
Morreu sem nunca as achar.

"Era uma vez um coração, que tinha medo de amar, que tinha vontade de pensar e que não sabia o que era amar e nem sabia o que pensar. Era uma vez um doente de espírito que nem tinha coração para se curar e o tempo passou, e só um tal de Tempo lhe conseguiu sarar as feridas da alma. Porém as cicatrizes são infinitas, e estarão lá para me recordar do espírito e do coração"
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