sexta-feira, julho 16, 2010

Quem me lê ...

… me vê, me escuta, me sente?
Quem me sabe?
Onde?
Onde sou e porquê?

Porque me convoco quando me duvido
Porque tomo o trono na minha ausência?
Sabem porventura a quem me dou
A quem entrego os sentidos quando não os sinto?

Quem me toma, quem?
Um regresso aos sentidos sem sentido
Um pequeno-almoço entre amigos
Um café solto numa palavra crua

O que é isto, quem?

O desejo de um poeta esmorece na pena quando não é já o coração a falar mas o poeta, esse traste carimbado que se esqueceu que só escrevia porque não era poeta. Esse inútil ser idiota que se convenceu ser mais do que as palavras lhe permitiam.

Quem és pobre deambulante que esqueceste tua essência e te entregaste a um carimbo? Quem te lê agora?!

domingo, julho 19, 2009

Che può farmi sente completo?

... and I wonder...

segunda-feira, setembro 29, 2008

Nós não podemos ser sempre os mesmos...

... não podemos, os tempos mudam, a nossa maneira de encarar a realidade também. É incrível como há tão poucos dias, ou meses, tudo o que queria era papel e caneta e umas quantas rimas se soltavam espontaneamente da cartola, como se eu nem precisasse de as expressar, essas rimas - às vezes sem concordância silábica - viviam dentro de mim, eu sentia-as!

E o que é de mim hoje?! Amigo te escrevo porque sempre me soubeste ler e nunca me impediste de escrever, amigo te escrevo porque nunca me abandonaste ainda quando o meu objecto de rima eras tu próprio, ou a ausência de ti, é verdade nem em ausência me faltaste à presença.

Mas hoje sei que não se justifica mais cantar-te, aquilo que te tinha de cantar já cantei, novos valores se aprumam num novo baile de vida. Se isto é um ponto final? Não, não acho, talvez seja um recomeço, talvez agora e só agora te perceba, tanto conversámos!

Mas é verdade, nós não podemos ser sempre os mesmos. Os nossos sonhos, à noite, giram em torno da idade e esta absorve-os num melancólico tom crescente, como se a cada segundo um sonho caísse e vertesse uma pequenina lágrima que, de seguida, acendesse uma centelha no coração e nos fizesse acreditar na sua mera existência lá, lá longe no coração.

Vou acabar sim, vou deixar de te frequentar - pelo menos por estas bandas - mas acredita que é com dor que o faço, precisamos de tempo para reflectir e julgar o tempo no banco como réu e averiguar se é verdade tudo o que dizem dele.

Penso até que o verdadeiro artista é aquele que, tendo o pincel na mão e o mister no coração, se coíbe de pintar quando sabe que o deve.

Obrigado amigo Poema, até sempre.

terça-feira, setembro 02, 2008

Verdejar atitude

Sentindo que queimava a pele,
deixei verter toda a simpatia
que em meus ombros embatia
e, sem frio que a enregele,

Vou tornando-me eu já o frio
para que no calor da vontade
Não sinta já a saudade
Deste ser no qual me recrio.

Vou temendo ir invernecendo
Porém, ao caminhar na vida
A desilusão vai envelhecendo

Morre nos braços da juventude
Aflita, agoniza sentida,
Inexistente, sem virtude...

"Escureço sim, é um preço, talvez caro sim. Só não quero que morras mais ilusão, morreste já o que devias nos braços que te empreguei"

significado

ao guinar de um desejo,
ao dobrar duma sensação,
ao flectir uma tentação
ao pensar num beijo

são emoções mudas
mas que falam calmas
no interior de almas
que as ouvem surdas

e um ser já não o é
quando o que sente
seu coração ressente

e um ser já não o é
quando ao falar
só consome o ar

"Não há desafios maiores que o desejo, nem dores mais intensas que uma emoção e já não importa sentir se ao fazê-lo não acreditamos na diferença que faria se já não o fizessemos"

quarta-feira, outubro 10, 2007

Sentir

Lembro-me de acordar, silêncio
Uma nuvem partindo-se no horizonte
E entre uma frecha dos estores
Uma pálida luz zumbia-me alegria.

Uma gélida alegria, ignorante,

verdadeira, simpática, sorridente...

Um som simpático, "bom dia meu amor",
Um beijo aromático, com baton
Dois braços erguendo-me do mundo dos sonhos
E uma mão levando-me à minha professora,

Ainda me lembro do toque, as cantinas cheias, os putos a gritarem, as "continuas" a gritarem, as cozinheiras a gritarem, os garfos a baterem nos pratos, o barulho ensurdecedor das mesas e do bancos e dos pés e das mãos...

Barulho em todo o lado, um som constante
Essa é a felicidade...
um barulho que tapa o silêncio da Natureza, e uma ignorância tremenda de tudo o que nos rodeia

e eu já sabia tanto...

quarta-feira, junho 13, 2007

Congelem-me

... a mim à minha mente,
ao que vejo, ouço e sinto
Congelem-me, de repente,
É o que quero, não minto!

Cansei da realidade, toda!
O Mundo é tão irreal e real
Que ser louco, estar na moda
E cansar nunca parece mal.

Congelem-me de mim, logo!
O que é no Mundo ser-se
É nada mais que frio jogo

E frio conseguem-me, congele-se!
Precioso frio que me mates
Não desejo coração, porque bates?

II

Realidade fresca e turva
E ociosa e sem sentido e ...
A vida é uma eterna curva
Voltando-se, eu a escolhi,

Eu, o culpado no final de tudo
Eu, o congelado sem força
Eu, o falador mais mudo
Eu, a dor que esforça.

Poeta sem tempo de vida
Desejando da curva um fim
Poeta de respiração exaurida

Procurando ensejos de nada
Confuso de tudo e de mim...
Ai, Esta vida! Por tudo crespada!

" Mundo que me adquires por via da morte em que me tens! Mundo que me respiras num sopro de dor e eloquência sentimental! Mundo frio que me acumulas de ti e me desenlaças a alegria! AHHHHHHHHHAHHHHHHH MUNDO DE DOR E DE PÂNICO!
MUNDO QUE ÉS DE TUDO O TEU MAIOR NADA, ACABA, GIRA PARA O FIM, ACABA! LOUCO! ACABA MUNDO QUE NÃO ÉS, ACABA AHHHHHHHHHHHH ACABA MUNDO DO PÂNICO, DA AGONIA, DA DOR, DOS VILÕES, DOS ASSASSINOS, MUNDO TERMINA FINDA-TE AHHHHHHHHHHHHHHHH ah! mundo ,

congelem-me"

sábado, junho 09, 2007

e

Meu Deus! A minha Inspiração?
Se um dia ela não volta mais?
Será que não tenho eu razão,
Será que a perdi em banais

Momentos que vivi desleixado?
A minha inpiração, meu Deus?!
Sou eu por agora desenlaçado,
Em tristeza dos olhos meus?

Havia momentos eternos de versos
Que os julgava tanto em solidão,
São todos esses, hoje dispersos

Por raros dias intempestuosos
Em que a mente claudica o coração
E nem esses são, ora, impetuosos!

" Meu Deus, Deus meu e agora?! Agora que minha companheira de tristezas e pasmas desolações partiu? Quem sou eu agora, o que sou sem a minha Inpiração, diga-me Senhor! Sento-me porém a recordá-la, poucos sabem que a esforço e por isso saem os versos todos em Rima, ao menos ela que me salve de mim... "
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