quinta-feira, setembro 29, 2005

De um fim

A mesma cadeira castanha,
Os mesmos cheiros ocultos
A mesma vontade estranha
Os mesmos risos curtos

De sempre

Sempre o mesmo actor
Contracenando consigo
Evitando prazer ou dor
A incerteza vive comigo

Sempre

Quando subo ao palco
Do abandonado sentir
Os pensamentos calco
Na tentativa de fugir

Sempre, sempre e sempre

Mesmo que não queira
O sempre entra pela janela
Escondida e ligeira
Numa fresta que se revela

É o Sempre que me apaga de mim
E me deixa à beira de um fim ...
Counters
Hit Counter