segunda-feira, setembro 12, 2005

Bem

Começo a sentir falta de mim
E dos sentimentos pensados,
Aqueles que nunca tinham fim,
E minunciosamente estudados.
Sinto falta de quando sorria
Porque simplesmente apetecia.

E sei que nunca serei o que fui
E me aborreço daquilo que sou,
O que sinto, minha mente conclui
E nem à minha alma me dou.
Realmente estou cansado de viver,
É verdade, não consigo esconder!

Porém mantenho-me vivo e rio,
A entrega aos outros é grande
E em Deus, estes, eu confio.
A Fé evita que à morte me mande,
Mas sinto o seu caldeirão quente
Queimar-me os pés constantemente.

" Família, amigos (talvez), inimigos ..... (talvez), indiferentes ou desconhecidos, homens, mulheres, animais, rochas, água, vida ou ausência dela, eu só existo porque também existís, vivo agarrado ao Planeta e enquanto este não acabar então também não terei fim, não vou morrer sem sofrer antes e durante a Derradeira, e é isso que me causa erosão na alma, até a desgastar por completo e me dissolver na Natureza. "
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