terça-feira, junho 13, 2006

Sinestésico

Consigo sentir minhas mãos,
Humedecidas pela inquietitude,
Escorregarem pelos teus lábios,
Deslizam, lentas, saboreando-te
E saboreando tua boca langue,

Abraças-me, já de cor...

Afastas a multidão com um olhar,
Aproximas-me com uma palavra
E aprisionas-me em ti com
Um doce e multicromatico beijo.

Roubas uns segundos aos minutos
E uns minutos à eternidade,
Fazendo-me acreditar na imortalidade
E deixas teu paladar invocar o meu.

Duvidas-me, suspeitas-me, beijas-me ..

Quando me arrecadas em ti mergulho,
Partes e não te consegues fixar,
Arrependes-te de prazeirar
Consolando-te com o orgulho,

O orgulho é roupa que te traja bem,
Ficas extraordinária, com ele,
Mas é o prazer que te convém
Não te justificas com aquele.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

delicioso (:

*

6:14 da tarde  
Blogger Miguel said...

de todos os textos que já li teus, este figurará, sem dúvida, naqueles que mais me agradaram.

a imagem, o movimento harmonioso, que com ele consegues transmitir é qualquer coisa de especial..

parabéns Amigo

8:33 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

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»

5:13 da tarde  

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