As ruas da minha cidade
São caiadas de vida
Aos trambolhões pelos autocarros
São entrada e saída
Para cervejas, pastéis e cigarros
São feitas de café
De garrafas de nervosismo e pressa
São pessoas a pé
Sozinhas e de antipatia confessa
São bem estreitas
Sujas, apagadas e, acho, esquecidas
São até maleitas
Com pobres de esmolas sofridas
As Ruas da minha Cidade
Vagueiam silenciosas
Pela podre veleidade
Das gentes receosas
De contacto humano
Considerado mundano
Aos trambolhões pelos autocarros
São entrada e saída
Para cervejas, pastéis e cigarros
São feitas de café
De garrafas de nervosismo e pressa
São pessoas a pé
Sozinhas e de antipatia confessa
São bem estreitas
Sujas, apagadas e, acho, esquecidas
São até maleitas
Com pobres de esmolas sofridas
As Ruas da minha Cidade
Vagueiam silenciosas
Pela podre veleidade
Das gentes receosas
De contacto humano
Considerado mundano
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