quinta-feira, fevereiro 23, 2006

As ruas da minha cidade

São caiadas de vida
Aos trambolhões pelos autocarros

São entrada e saída
Para cervejas, pastéis e cigarros

São feitas de café
De garrafas de nervosismo e pressa

São pessoas a pé
Sozinhas e de antipatia confessa

São bem estreitas
Sujas, apagadas e, acho, esquecidas

São até maleitas
Com pobres de esmolas sofridas

As Ruas da minha Cidade
Vagueiam silenciosas
Pela podre veleidade
Das gentes receosas
De contacto humano
Considerado mundano
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