domingo, maio 15, 2005

Eu não me sei

Saudade e sede de amor,
Paz e distribuições de dor,
Emissores e receptores,
Livres mas perdidos
Apaixonados por dissabores,
Talvez, por eles pedidos...

Redes soltas e rasgadas
De corações atraiçoados
Mortos, aniquilados, roubados,
Abandonados nas escadas
Que o Amor sobe acompanhado por nós,
E desce indisposto, mal-tratado e a sós....

Palavras que rasgam inoperância
E que, todas juntas, revelam ânsia,
O que é isto do Amor?

Maldades arriscadas por seres bons?
Realidades assaltadas de vários sons?
O que é isto? O quê...

Será rebeldia, ou vontade?
Agonia ou pura liberdade?
Realidade ou invenção?
Sabedoria ou apenas paixão?

Não sei quem és, não, não sei....
Já nem sei se amei...
Mortal sem a paz desejada?
Quem? Eu? Preciso-te, enseada...
Sim, a paz ansiada.

Não eu não me sei!
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