segunda-feira, maio 09, 2005

Gravilha Empoleirada, Empoeirada

Sob o solo descarado da vida
Se escancara a sede de revolta,
Que o Homem quer sem medida
E gritos de imortalidade solta,

Rouba segredos à morte,
Segreda ao ouvido da resistência
Que a defesa se esconde a norte,
E no ataque reina a incompetência.

Bufos de memória curta!
Ladrões de saltos altos, cobardes!
Esquecem-se daquele que os recruta,
Oh último sopro! Mata-me esses vivos,
Espero que em pânico os aguardes.
Ahhhhh, pensam que são esquivos...

Radiações do subsolo furiosas,
Emanam fluorescentes esqueletos
Dos mortos das últimas guerras,
Daqueles que inventaram artes curiosas.
AhhAhhh a esses eu derreto-os,
Cabrão! Nem em morte me encerras,

Vou explodir de alegria,
Vou ter a paz que queria,
Vou largar a força em rampa
E levo teu sangue comigo,
E tu vais ver que consigo
Levá-lo até à minha campa.
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